Cine Marrocos | Cultura Atemporal
Fonte: Acervo da Autora |
A memória é apreendida, aqui, como um conjunto de representações em permanente reelaboração, construída — individual e coletivamente — por diferentes materialidades acerca das experiências sociais, temporais e espaciais. O patrimônio, por sua vez, é entendido como um conjunto material e imaterial de bens culturais construídos por diferentes sociedades, no tempo e no espaço, e concorre como força produtora das representações sociais das experiências humanas no tempo. (CAVALCANTI, p.3, 2019)
Fonte: Acervo da Autora
É oportuno ressaltar que, entre as décadas de 1960 e 1980, Marabá era uma das poucas cidades — além da capital, Belém — onde existia sala de projeção de filmes. O cine Marrocos era, portanto, o principal lugar de encontros, trocas e sociabilidades e, por conseguinte, era também lugar de distinção social. (CAVALCANTI, p. 14, 2019)
Como Cavalcanti retrata, deve-se entender muito bem as peculiaridades do objetivo da construção para analisá-la como patrimônio histórico e cultural. Portanto, observar em qual período, por quem, para quem e para quê essa construção arquitetônica se consolidou é essencial para compreender a inserção da cultura marabaense como um todo.
Na minha opinião, a construção arquitetônica deve ser considerada um patrimônio histórico na região assim como um patrimônio cultural também. Por mais que tenha sido criado desenvolvendo distinções sociais, acredito que a cultura deve ser incentivada para cada cidadão independente da sua classe social. Dessa forma, o incentivo seria facilitado se acontecessem políticas públicas em um lugar histórico como o antigo Cine Marrocos.
- escrito por: Ana Isabella Souza Costa
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, Erinaldo. Para destruir a memória e demolir o patrimônio: algumas questões sobre a história e seu ensino. Revista Brasileira de História da Educação, v. 19, 2019.
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